Por determinação do presidente Lula, os ministros de diversas áreas estão adotando, a partir desta segunda-feira (23 de janeiro de 2023), uma série de medidas de enfrentamento à crise de desassistência sanitária e nutricional dos povos que vivem no território Yanomami.
Atualmente, mais de 30,4 mil habitantes vivem no território indígena Yanomami e a situação na maior reserva indígena do país é dramática.
Desde a última segunda-feira (16), equipes do Ministério da Saúde que estão na região se depararam com crianças e idosos em estado grave de saúde, com desnutrição acentuada, além de muitos casos de malária, infecção respiratória aguda (IRA) e outros agravos.
"Defendemos que o ministro Justiça abra inquérito policial para apurar o crime de genocídio e crimes ambientais no território indígena Yanomami, que após apuração e identificação dos responsáveis haja punição dos culpados", informou a deputada estadual Neusa Cadore.
Dados de 2022, divulgados pelo Ministério dos Povos Indígenas, revelam que 99 crianças Yanomami morreram em função do avanço do garimpo ilegal na região — e as vítimas foram crianças entre um a 4 anos, acometidas de desnutrição, pneumonia e diarreia.
Na quarta-feira (25) está previsto o retorno da equipe de profissionais do Ministério da Saúde e, a partir daí, espera-se que o grupo conclua em 15 dias um levantamento completo sobre a crítica situação de saúde dos indígenas Yanomami.
Informações do Ministério da Saúde
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