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Deputada Neusa propõe fortalecimento de bibliotecas públicas com obras de autores Afro-Baianos

Salvador, Bahia – A deputada estadual Neusa Cadore (PT) apresentou uma indicação ao Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, com o objetivo de transformar as bibliotecas e espaços de leitura das escolas públicas estaduais. O foco é fortalecer o acervo com literatura infantil e infanto-juvenil afrorreferenciada, uma iniciativa pioneira que visa celebrar e difundir a rica cultura afro-brasileira.

A proposição busca incluir obras literárias escritas por autores autodeclarados pretos ou pardos, representando os diversos territórios de identidade da Bahia. Tal medida vem em um momento crucial, considerando que a Bahia possui o maior percentual de autodeclarados pretos (17,1%) e pardos (59,2%) no Brasil, conforme dados apresentados na 3ª Conferência Nacional de Igualdade Racial.

A deputada Cadore enfatizou a urgência de adotar práticas pedagógicas inclusivas nas escolas. Segundo ela, “É essencial estimular o respeito à diversidade e a valorização da cultura negra desde cedo”. Esta abordagem é particularmente relevante em Salvador, onde mais de 80% da população se identifica como negra.


A literatura afrorreferenciada é vista como uma ferramenta vital para enriquecer o processo educativo, oferecendo contribuições cognitivas, emocionais e sociais significativas. Além de ampliar a percepção sobre as histórias e culturas africanas pré-coloniais, a iniciativa visa promover uma troca enriquecedora de saberes e expressões culturais.

A inclusão de obras afro-baianas nas escolas é também uma estratégia para combater a sub-representação desses autores nas bibliotecas públicas e escolares. Cadore argumenta que a aquisição desses livros é um passo para divulgar conhecimento e valorizar os talentos literários locais.


Ao final, a proposta de Cadore é mais do que uma medida educacional – é um movimento para uma educação mais inclusiva e representativa na Bahia. Enfatizando a diversidade cultural, espera-se inspirar futuras gerações a respeitar e valorizar as várias vozes da sociedade baiana, contribuindo assim para a construção de um Brasil mais igualitário e plural.

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