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Foto do escritorPedro Ivo Sena

Estudantes da periferia de Juazeiro promovem a consciência negra a partir da arte, cultura e educação



O Projeto Enegre(s)ser já existe há três anos e deu origem a um festival com mesmo nome que aconteceu este mês de novembro no Colégio Estadual de Tempo Integral Professor Paulo José de Oliveira, localizado no Bairro Padre Vicente, em Juazeiro. O evento, que teve como protagonistas as/os estudantes, contou com uma diversificada programação voltada para promoção da consciência negra e combate ao racismo.


O público envolvido participou de oficinas de teatro, grafite, capoeira, maquiagem, turbantes, hip-hop, rimas, DJ, além de aprender com palestras, rodas de conversas, exibição de filmes. Um momento bastante esperado foi o desfile da beleza negra, onde estudantes colocaram na passarela todo pertencimento e valorização da pele negra, cabelo crespo e estampas coloridas, evidenciando a brasilidade e suas raízes afro.


O Festival é uma iniciativa da gestão, pofessores/as e estudantes do Colégio Paulo José de Oliveira, e contou com apoio do Coletivo Enxame para indicar a referida escola para ser contemplada com recursos de emenda parlamentar da deputada estadual licenciada Neusa Cadore (PT/BA). O aporte de R$ 30 mil é destinado diretamente para escola por meio da Secretaria Estadual de Educação. A realização do evento contou também com a parceria da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e o Instituto Casa de Abelha.


“Este ano o evento teve uma grandeza maior por conta de termos tido recursos”, expressa a articuladora escolar Ailma Rocha, que esteve na coordenação do Enegre(s)ser. “O objetivo do projeto é sempre a valorização da cultura afro brasileira e essa educação anti racista. Em todas as atividades nós sempre buscamos o protagonismo dos nossos estudantes, em todas as atividades tinham o envolvimento ou a liderança dos nossos estudantes”, ressalta Ailma.


O evento foi finalizado no último dia 19 com batalha de rimas (rap) e show do P1 Rappers, que conta com os artistas Euri Mania e DJ Werson. Neste dia, beberam da fonte do Enegre(s)er também estudantes da Escola Antonílio da França Cardoso, situada no bairro Dom José Rodrigues, que puderam participar de oficinas e colaborar com a construção de uma painel grafitado na parede do Colégio, marcando o nome do projeto.


Na opinião da estudante Iandra Ferraz, que cursa o 3º ano do ensino médio e integrou a organização do evento, foi positivo o Projeto Enegre(s)er tornar-se Festival, pois avalia que ampliou a participação dos/das estudantes. “Espero que continue (...) porque é maravilhoso trazer o estudo afro brasileiro, trazer oficinas, empoderamento negro. A partir deste festival mudaram muitos olhares, agora se amam mais, tem mais empoderamento”, diz ela se referindo aos colegas estudantes.


Fonte: Ascom Agência Chocalho

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